quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Lixo e mudança de rotina

Hoje vamos falar sobre o lixo. Sim, aquela coisa que você joga numa latinha ou cestinho e magicamente ela some da sua vida for-e-ver.
Engraçado como quando estamos cercados por comodidades nem sequer percebemos... mas fique sem uma delas por um tempinho que seja e já ficamos "mancos", a rotina se altera e ficamos lá sem saber o que fazer (tá, eu fico hehehe).
Pois esta experiência com a chácara é exatamente isso. Quase um No Limite, sem o milhão de reais no final (ou eram 500 mil?). Cada dia você se dá conta que vai ter que mudar todo o processo anterior, porque o que funcionava até então ou não existe ou ainda não chegou lá. Yey, terreno fértil pra criatividade e improviso.
Voltando ao lixeiro então. A parte que eu já conhecia, fiz muito bem. Comprei sacolas pretas, um cestão e great, estamos a salvo! Até a hora que aquilo encheu... certo... tirar e jogar onde?
Perguntei para um vizinho sobre os horarios do caminhão. "Ahn... ele vem pegar o lixo que não é lixo uma vez por mês". WAH? Que raios eu faço com isso tudo, vou entulhando num canto?
Então eu descobri uma coisa que se chama compostagem. Diz a lenda que as pessoas pegam o lixo organico e transformam em adubo. Como eu ainda não tenho a pedra filosofal da roça, continuei em desespero.
A minha idéia então foi empacotar tudo, colocar no carro e colocar em algum lixo de Curitiba. Funcionou por um tempo, mas o sindico do prédio da minha mãe começou a me olhar de cara feia e o porta malas ficou com um cheirinho meio ruim.
Não desisti e fui perguntar para outros vizinhos (a chácara tem saida para duas ruas). Na rua de baixo, parece que ele passa UMA vez por semana, todo sábado de manhã!! Pulei de alegria (viu como os padrões se alteram?) e feliz da vida levei tooodos meus sacos pretos e restos de obra pro portão. Para não ter problema, ainda coloquei quase no meio da rua para ele perceber que tinha coisa nova por ali, e fui passear com meu filho um pouco pela estrada afoooora.
No meio do passeio não é que vi o caminhão passando em direção a chacara mesmo? Que alegria! Acenamos com a cabeça, seguido de um quase inaudivel "bão?" (parece que é o cumprimento dos nativos) e seguimos nosso passeio procurando esquilos nas árvores.
Dez minutos depois, o caminhão passou de volta, indo embora. Olhei curiosa para a traseira aberta do veículo, e não consegui ver o colchão velho que deixei para eles levarem lá dentro. Bom, pode ser que esteja beeem la na frente e não de pra ver mesmo, mas fiquei com aquela pulguinha (figura de linguagem neste caso) atrás da orelha.
Cheguei de volta em casa, e lá estavam meus 5 sacos de 30 litros no mesmo exato lugar, acomodados confortavelmente sobre o colchão rasgado. Como a chacara fica no final da rua, eles não devem ter percebido por não estar acostumados e deixaram tudo lá mesmo.... foi pro carro novamente =\
Isso foi a uns 2 meses atras... tentei novamente esta semana... acordei cedinho e coloquei meu lixinho de novo agora bem no meio da rua. Perguntei pra velhota da casa da frente, que horas ele passava - "Ah, ele passa aqui sim!!" - "Que HORAS?", - "Ah.. entre as 10 e 11 horas". Se ela não estivesse lá eu colocava na frente da casa dela.
Depois do almoco passei para conferir e adivinha? Lá estavam os sacos, intactos.
Semana que vem eu armo uma emboscada pra eles. Me escondo no mato por uma hora, mas que eles vão levar meu lixo isso eles vão. Nem que eu tenha que jogar dentro do caminhão.
Nesse meio tempo vou pesquisar sobre a compostagem =D

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